sexta-feira, 9 de julho de 2010

Bateu saudade e eu voltei.


Como se pode explicar que a quase 5 anos pensamos em estar juntos, em organizar a nossa permanência juntos, em programas viagens juntos e mesmo assim, em meio a 5 anos, somos capazes de sentir saudades.
Como boa leitora de blogs percebi que a temática do amor eterno anda em extinção e a cada dia mais se vive a tão solene frase "que seja eterno enquanto dure".
Será que pra ser eterno precisa durar? Ou será que pra ser eterno precisa existir? Me pego a pensar nas vezes que me apaixono pela minha paixão. E penso na dificuldade que é compreender o outro em sua diversidade. Compreender o que o outro representa, significa... e até mesmo o lugar ocupado pelo outro em nossas vidas. Não penso nisto como uma romântica endoidecida, pois se bem me conheces não faço este tipo. Mas sim como uma pessoa que se preocupa com o bem estar do outro com o outro.
Ouço muitas reflexões que apontam para o extermínio do masculino e o enlouquecimento do feminino. Porém, não muito distante, vejo que a valorização das relações sociais que possibilitariam o encontro com o diferente, o plural, o frustrante, o outro está sendo deixada em meio a necessidade de ter, de responder, de aceitar, de parecer ser...de se fazer amar.
Não faço apontamentos modernos, pois falas com uma pós-moderna extremamente conservadora. Porém, aposto no retrocesso do romantismo sem medida e até mesmo na submissão em prol de outro. Apenas para pensarmos o quanto é bom fazer o bem. E o quanto existe gente precisando de gente. E para, além disto, o quanto existe gente precisando virar gente.